Para o António, viver na Terra era um engano… Claro que tinha mamã e papá, mas fora obrigado a nascer há uns meses atrás…
Embora ninguém reparasse, devido à sua tenra idade, o menino era adulto no pensar… Sabia das guerras, dos terrorismos, das crises económicas, do inferno que lavrava um pouco por todo o lado. O António não arranjava explicação para quase tudo o que sabia… ouvia à sua volta as conversas dos adultos e questionava-se: não percebia o porquê de estar ali ainda. Sorria, sorria muito com todos os que se aproximavam do berço e diziam as palermices do costume. Era obrigatório, trazia essas instruções. Os deuses explicaram tudo… No entanto, o António, contrariando a missão encomendada, amava muito os pais… Chorava mesmo só para lhes cativar a atenção, ter os miminhos reconfortantes deles, sentir o coração da mãe bater perto de seu… Era assim, o António… Um anjo que nos visitava, um espião dos céus no inferno da Terra…
António estava cansado, queria ir embora, partir, voltar para o lugar de onde viera… Tinha mesmo convencido muitas crianças que o visitavam. Durante aquelas conversas parvas do “ai que menino tão lindo”, “sai mesmo ao pai”, “tem os olhos da mãe”, comunicava com as crianças que na enxurrada dos amigos da família também o vinham espreitar… Tinham um plano secreto, deixarem Aquila, voltarem juntos para o mundo dos deuses… e planeavam, planeavam juntos, planearam durante cinco meses…
Ao fim desse tempo, com toda esta conspiração, os deuses zangaram-se com o António… Num assomo de fúria, berraram, fizeram um barulho infernal, deram murros em todo o lado. Vocês sabem o que acontece quando os deuses se zangam… Fizeram tremer tudo em volta do António… Os deuses, vieram buscá-lo, muito zangados…
Conforme o combinado, vários amiguinhos do António também seguiram viagem e hoje vivem todos felizes, na terra dos deuses e dos sonhos. Ouvi dizer que depressa esqueceram a Terra onde viveram e riem-se quando nos espreitam lá de cima…
Embora ninguém reparasse, devido à sua tenra idade, o menino era adulto no pensar… Sabia das guerras, dos terrorismos, das crises económicas, do inferno que lavrava um pouco por todo o lado. O António não arranjava explicação para quase tudo o que sabia… ouvia à sua volta as conversas dos adultos e questionava-se: não percebia o porquê de estar ali ainda. Sorria, sorria muito com todos os que se aproximavam do berço e diziam as palermices do costume. Era obrigatório, trazia essas instruções. Os deuses explicaram tudo… No entanto, o António, contrariando a missão encomendada, amava muito os pais… Chorava mesmo só para lhes cativar a atenção, ter os miminhos reconfortantes deles, sentir o coração da mãe bater perto de seu… Era assim, o António… Um anjo que nos visitava, um espião dos céus no inferno da Terra…
António estava cansado, queria ir embora, partir, voltar para o lugar de onde viera… Tinha mesmo convencido muitas crianças que o visitavam. Durante aquelas conversas parvas do “ai que menino tão lindo”, “sai mesmo ao pai”, “tem os olhos da mãe”, comunicava com as crianças que na enxurrada dos amigos da família também o vinham espreitar… Tinham um plano secreto, deixarem Aquila, voltarem juntos para o mundo dos deuses… e planeavam, planeavam juntos, planearam durante cinco meses…
Ao fim desse tempo, com toda esta conspiração, os deuses zangaram-se com o António… Num assomo de fúria, berraram, fizeram um barulho infernal, deram murros em todo o lado. Vocês sabem o que acontece quando os deuses se zangam… Fizeram tremer tudo em volta do António… Os deuses, vieram buscá-lo, muito zangados…
Conforme o combinado, vários amiguinhos do António também seguiram viagem e hoje vivem todos felizes, na terra dos deuses e dos sonhos. Ouvi dizer que depressa esqueceram a Terra onde viveram e riem-se quando nos espreitam lá de cima…